domingo, setembro 17, 2006

Perseguição de Zumbi 2 !

Perseguição de Zumbi 2 ! Monstros Malditos Bastardos do Inferno

Versão do diretor do Perseguição de zumbi ... com efeitos especiais.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Clipe da banda dos Seminovos

Clipe da banda dos Seminovos (www.osseminovos.com.br) baseado no curta Tapa na Pantera. Nós cuidamos apenas da Edição.


Festival mostra que curtas andam longos e muito criativos - Por Luiz Carlos Merten

São Paulo, 03 (AE) - Zita Carvalhosa está feliz da vida. Seu Festival Internacional de Curtas, que terminou hoje - a premiação foi sábado à noite -, teve salas cheias e não apenas nas sessões noturnas. Sessões da tarde ficaram lotadas de espectadores que, muitas vezes, queriam ver programas específicos. Houve um forte boca-a-boca do filme argentino Paredes Vizinhas, de Gustavo Taretto, uma obra um tanto difícil porque, com quase 30 minutos, não era um curta curto. Aliás, o quadro geral da produção geral deste ano confirma que os curtas estão cada vez mais longos. Foram raros os curtas de dez minutos, ou menos. A média anda nos 16, 18, 20 minutos.

Houve tantas premiações no sábado à noite que a listagem completa torna-se inviável, podendo ser conferida no site oficial www.kinoforum.org.br/curtas/2006.

Embora os curtas estrangeiros sejam ainda mais raros nos cinemas brasileiros, a corrida é pelos nacionais, que mobilizam até torcida. Pode-se traçar um panorama da atual produção do formato só a partir dos dez títulos selecionados pelo público. Por ordem alfabética - A Estória da Figueira, de Júlia Zakia; Balada das Duas Mocinhas de Botafogo, de Fernando Valle e João Caetano Feyer; Barbie Problemas da Vida, de Yan Whately; Manual para Atropelar Cachorro, de Rafael Primo; Memórias Sentimentais de Um Editor de Passos, de Daniel Turini; No Princípio Era o Verbo, de Virginia Jorge; O Som da Luz do Trovão, de Tiago Scorza e Petrônio Lorena; Super-Herói Fora de Série, de Alê Machado; Tyger, de Gulherme Marcondes; Viva Volta, de Heloísa Passos.

É, no mínimo, curioso que o belo Alguma Coisa Assim, de Esmir Filho, premiado em Cannes e Gramado, não tenha seduzido o público paulistano a ponto de ficar entre os dez mais. Esmir Filho é o nome do momento. Seu outro curta, o vídeo Tapa na Pantera, feito em parceria com Rafael Gomes e Mariana Bastos, virou coqueluche no País, tendo tido mais de um milhão de acessos na internet (www.youtube.com/watch'v=CfFC77ZYX6c). É muito legal. Mostra a atriz Maria Alive Vergueiro numa hilariante composição como maconheira que fala de sua relação com a droga.

Mesmo sem Alguma Coisa Assim, as escolhas do público no 17º Festival Internacional de Curtas foram atraentes. Balada das Duas Meninas de Botafogo baseia-se no poema de Vinicius de Moraes e, além das qualidades próprias, é ótimo porque permite falar sobre o longa Marília e Marina, que Luiz Fernando Goulart realizou em 1976, sobre o mesmo assunto (e é um dos grandes filmes pouco valorizados do cinema brasileiro).

O olhar crítico sobre a repressão e as neuroses da classe média aproximam a Balada das Mocinhas de Manual para Atropelar Cachorro, se bem que a multiplicidade de linguagens deste filme o torne, esteticamente, mais próximo de Super-Herói Fora de Série. Memórias Sentimentais de Um Editor de Passos, com sua discussão sobre a sincronia entre imagem e som, tem tudo a ver com o longa Cafuné, em cartaz nos cinemas. Barbie tem uma ótima idéia - a menina que desenha a famosa boneca, colocando-a em situações que, digamos, subvertem o que representa -, embora lhe falte acabamento. A Estória da Figueira é muito bem acabado como filme de escola. No Princípio Era o Verbo transforma uma conversa de bêbados e outra de cegos, num bar, em algo rico e complexo. Maria Bethânia é uma rainha em Viva Volta, sobre o trombonista Raul de Souza. E Tyger, que já foi premiado no AnimaMundi, é uma animação maravilhosa, como técnica e tema. O curta brasileiro vai muito bem, obrigado.